O meu povo é de uma espontaneidade
incrível. Isso me encanta e irrita. Deixa eu dar um
exemplo: outro dia eu estava indo a pé para um supermercado pertinho
aqui de casa. Passei por uma senhora andando com certa dificuldade, que
assim que me viu passar por ela, com a agilidade que me cabe no auge de
meus trinta e poucos anos, proferiu um desesperado "Ô minha filha,
espera aí! Vem cá, faz um favor." Voltei e aí fui testemunha do tipo de
espontaneidade que me encanta. A senhorinha, me diz "Corre ali e avisa
aquela moça de blusa listrada pra me esperar que eu estou chegando. Eu
não posso correr minha filha, cê me faz esse favor?."Claro que eu
atendi ao pedido e enquanto fui tentar alcançar a conhecida dela, fui
ouvindo mil gritos de obrigada e deus lhe page.
Tem ainda o tipo de espontaneidade de
meu povo que é super criativa e divertida. Tipo a que motivou alguém
a escrever esse recado aí abaixo e colar numa caixa telefônica no meio
da rua. Imagino mil cenários diferentes pra justificar essa cena. Mas
seja qual for a explicação a certeza que fica é que brasileiro não se
aperta, né?
Infelizmente nossa espontaneidade não é so do bem. Tem várias situações nas quais o brasileiro, e em especial o baiano, exagera nela. Tipo assim, tem uma fila enorme, uma pessoa passa por todo mundo, vai direto ao caixa e começa a fazer mil perguntas, contar toda sua estória e porque está ali, tirar suas dúvidas e o que mais ocorrer. O funcionário por sua vez, flexível como ele só, continua a atender o cliente à sua fente, mas divide sua atenção para responder as perguntas e ouvir o bla bla bla do enxerido recém-chegado, que não se toca que pode também ter todas as suas perguntas respondidas quando chegar a sua vez.
Nesses momentos me bate a saudade da Alemanha. Lá as pessoas esperam pacientemente na fila até serem chamadas pelo(a) atendente e fazem isso sem ficar cheirando o cangote da pessoa logo à frente. O atendente por sua vez, pode até dar uma informação a um cliente fora da fila, coisa do tipo é esta ou não a fila na qual o senhor deve entrar pra resolver seu problema, qualquer coisa além disso deixa eles completamente confusos e irritados. Por isso eles tem uma habilidade impressionante de ignorar as pessoas que estão ali do lado tentanto resolver seu problema de finininho sem entrar na fila. No entanto, quando chega a sua vez, você tem a atenção deles individida, por quanto tempo você precisar, sem cara feia, sem impaciência, com raríssimos erros e com muita eficiência.
Infelizmente nossa espontaneidade não é so do bem. Tem várias situações nas quais o brasileiro, e em especial o baiano, exagera nela. Tipo assim, tem uma fila enorme, uma pessoa passa por todo mundo, vai direto ao caixa e começa a fazer mil perguntas, contar toda sua estória e porque está ali, tirar suas dúvidas e o que mais ocorrer. O funcionário por sua vez, flexível como ele só, continua a atender o cliente à sua fente, mas divide sua atenção para responder as perguntas e ouvir o bla bla bla do enxerido recém-chegado, que não se toca que pode também ter todas as suas perguntas respondidas quando chegar a sua vez.
Nesses momentos me bate a saudade da Alemanha. Lá as pessoas esperam pacientemente na fila até serem chamadas pelo(a) atendente e fazem isso sem ficar cheirando o cangote da pessoa logo à frente. O atendente por sua vez, pode até dar uma informação a um cliente fora da fila, coisa do tipo é esta ou não a fila na qual o senhor deve entrar pra resolver seu problema, qualquer coisa além disso deixa eles completamente confusos e irritados. Por isso eles tem uma habilidade impressionante de ignorar as pessoas que estão ali do lado tentanto resolver seu problema de finininho sem entrar na fila. No entanto, quando chega a sua vez, você tem a atenção deles individida, por quanto tempo você precisar, sem cara feia, sem impaciência, com raríssimos erros e com muita eficiência.
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